
Talvez o que me complete seja justamente diagnosticar a completa inexistência do romance, ou constatar que trata-se de um conceito hipotético. Uma ideia que nos inspira, que nos estufa o peito através de um brusco sopro do mais puro nada. Uma isca que nós, mesmo após fisgados sucessivas vezes, seguimos mordendo, constantemente e com convicção. E eu mordi mil vezes e vou morder outras duas mil, justamente por acreditar na ínfima chance de – somente por uma vez – aquilo tudo não ser uma mentira. / Lucas Silveira.